sábado, outubro 28

Responsabilidade Social

Está de volta o tema da interrupção voluntária da gravidez. E regresso eu ao nosso país já que estive bastante focalizado nas movimentações externas graças aos últimos desenvolvimentos globais.

É um tema "quente", que envolve muitas opiniões de muita gente dita importante, com um suposto voto na matéria. Tentando resumir isto ao básico, logo ao importante, o que está em causa será a dignidade da mulher no seu direito supremo de escolha ou em algo que todos dizemos como um bem inviolável, ou seja a vida de um ser humano? Envolvemos questões morais singulares, envolvemos a ciência que consegue "prever" o estado físico da vida em geração, envolvemos questões bem mais fúteis como a questão financeira, envolvemos os políticos e a Igreja envolveu-se. Analisando friamente:

1) É moralmente errado assassinar um ser humano mas não um futuro ser humano. Quem define a diferença entre feto, resumindo-o a uma parte da evolução natural da espécie humana e, ser humano? É o tempo de gestação? Os cientistas a quem devemos o colapso da civilização e, como tudo tem um oposto, à evolução benéfica da mesma serão capazes de afastar o cancro moralista e definir objectivamente essa diferença? Julgo que sim..logo questão arrumada.

2) Será a mãe financeiramente responsável pelo seu filho? Aqui o Estado tem uma palavra a dizer já que preferia ver a queda da Segurança Social a alimentar, a alojar caso necessário e oferecer uma vida digna a uma criança do que assistir ao engordamento da carteira dos que tudo têm e nada dão. Mais a mais, nenhuma mãe é vidente (acho eu..) logo nunca poderá saber como estará a sua posição monetária ao fim dos 9meses de gestação..logo questão arrumada.

3) Os políticos envolvem-se e já não era sem tempo, visto serem eles os detentores do poder da mudança legislativa em vigor. Surpreende-me o debate que se tem gerado pois parece-me que se têm mantido fiéis às suas posições ideológicas o que não deixa de ser louvável. Nunca haverá um consenso nesta matéria, seja onde for, e os políticos tem sabido gerir essa discrepância de ideias. Aplaudo vivamente o Presidente da Républica pois manteu a promessa eleitoral de ser feito um referendo e dar a possibilidade aos portugueses de escolher.. Se fosse possível um referendo só às mulheres seria, talvez, mais elucidativo o resultado. Vem aí o referendo logo questão arrumada.

4) A Igreja. Que terá dito, lendo as notícias no fim de semana, saber que em Lisboa foi encontrado, por um toxicodependente, um bébé morto no meio do lixo?? E se a Igreja, contra o aborto, fosse financeiramente responsável pela mãe e pelo seu filho?! Perdiam uns tostões, ganhavam apoiantes e até aposto que Deus não se importaria de ajudarem a sociedade portuguesa!! É sempre bom pedir dinheiro que nem arrumadores de carros e não contribuirem em nada para quem vos mantém no poder! Desculpem..vou imediatamente confessar-me pelas barbaridades aqui escritas.. ou NÃO!!

Caros leitores, questões como o aborto devem ser discutidas por nós portugueses atestando as informações que dispomos dos vários quadrantes da sociedade portuguesa e nunca por quem ocupa um espaço e miseravelmente nada faz por ele. Devemos ser evoluidos o suficiente em todos os aspectos para que possamos ser responsáveis o suficiente para tomar todo o tipo de decisões.. essa, julgo, é a verdadeira essência da democracia e de um pensamento liberal e vanguardista que um dia já tivemos.


p.s.: Fiquei agraciado ao saber que na bela terra das Caldas da Rainha o blog de todos vós é por lá lido e apreciado. Um bem haja a todos vocês e, de uma forma especial à Marta, o meu mais sincero obrigado pelo apoio demonstrado. Punhos no ar porque o R.E.V.O.L.U.Ç.Ã.O. está para ficar!

segunda-feira, outubro 23

Oásis

Afinal as armas de destruição massiva que estavam no Iraque sob o protectorado de Saddam apareceram na Coreia do Norte. Sabemos pouco deste país com uma pobreza extrema liderado por um extremista anti-capitalista mas sabiamos sim que detinham tecnologia nuclear abandonado pelos russos na extinta ideia que foi a URSS. Não sabiamos era da pretensa distracção dos E.U.A., os nossos estimados protectores do eixo do mal, perante o avanço do uso dessa mesma tecnologia na construcção de bombas atómicas. Estranhei mais ainda o facto de não terem tomado o mesmo caminho que em 2003 ao iniciarem a Guerra do Vietiraque. Ficaram pelas sanções da O.N.U. e nada mais do que ameaças vãs dirigidas ao governo de Pyongyang. Porquê? Não haverá petróleo na Coreia do Norte? Não é praticado um sistema político totalitarista, de direcção central com uma extensa força militar? Não terá Kim Jong II praticado (e certamente ainda pratica) crimes hediondos contra a Humanidade tal como o seu pai Kim II-sung?! Onde está a diferença? Na minha perspectiva descrevo a acção dos E.U.A. neste capítulo com uma palavra: medo.

Tornaram-se uns "cagões" perante o poderio da Coreia comunista!! A febre do ouro negro levou-os às areias arábicas e deixaram por completo que aquele país se tornasse no novo terror da humanidade. O velho ditado: "Quem tudo quer tudo perde".. E em caso de conflito nuclear todos perdemos e nós por cá nada queremos..